Governo espanhol prevê aprovar esta terça-feira medidas para facilitar emprego de estrangeiros

 

O Governo espanhol prevê aprovar esta terça-feira uma modificação do Regulamento de Estrangeiros para acelerar e facilitar a incorporação de imigrantes no mercado de trabalho.

A reforma pretende melhorar o recrutamento na origem, facilitar a regularização dos que já se encontram em Espanha, permitir que os estudantes estrangeiros trabalhem e simplificar os requisitos para trabalhar por conta de outrem.

A proposta do Ministério da Inclusão, Segurança Social e Migração procura flexibilizar os requisitos exigidos atualmente para conseguir autorizações de residência e de trabalho, a fim de preencher as crescentes vagas no mercado laboral espanhol.

RESIDÊNCIA COM COMPROMISSO DE FORMAÇÃO

Entre as propostas está a figura do "arraigo por formação", que permitirá que as pessoas que se encontram em Espanha numa situação irregular há dois anos e que assumam um compromisso efetivo de formação em setores onde existe uma procura de emprego obterem uma autorização de residência.

Outro dos objetivos é a criação de um catálogo de profissões difíceis de preencher, que permitirá conhecer com maior precisão as necessidades do mercado de trabalho, a fim de melhorar os procedimentos de recrutamento na origem.

No que respeita aos estudantes estrangeiros, o ministério quer que possam combinar os seus estudos com um emprego (com um máximo de 30 horas por semana), algo que lhes é atualmente proibido, com algumas exceções.

A par desta medida, procura-se facilitar o trabalho por conta própria dos estrangeiros, agora sujeito a múltiplos requisitos e a fortes investimentos.

Em junho passado, o número de trabalhadores estrangeiros inscritos na Segurança Social espanhola era de 2,46 milhões, o mais elevado desde que existem dados.

34,8% são oriundos da União Europeia, enquanto os restantes provêm de países fora da UE. Entre os latino-americanos, os mais numerosos são colombianos (117.376) e venezuelanos (115.194).

Espanha sofre uma forte pressão migratória, principalmente vinda do continente africano. O ano 2021 terminou com quase 42.000 chegadas irregulares, das quais cerca de 40.000 chegaram por mar, de acordo com dados oficiais.

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