Visto D2 Portugal: veja como solicitar o seu

Depois de decidir se mudar para Portugal, chega o momento de encaminhar o pedido de visto. Se você é um profissional autônomo ou pretende empreender em Portugal, este artigo é para você: falaremos sobre o visto D2 Portugal.

Descubra quem pode pedir o visto, quais são os requisitos e documentos necessários, custo atualizado, tempo de análise e emissão, além de outros detalhes importantes.

PerguntasRespostas
Como tirar visto D2 para Portugal?Você deve reunir todos os documentos exigidos e fazer o pedido do visto no Brasil através da empresa VFS Global.
Com o visto D2, posso trabalhar em Portugal?Sim, esse visto é indicado para quem quer empreender ou investir em Portugal. Também é indicado para profissionais autônomos.
O visto D2 serve para os nômades digitais?Portugal aprovou recentemente o visto para trabalhadores remotos, esse então é o visto mais adequado para essa categoria.
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Índice do artigo

O que é o visto D2 para Portugal?

O visto D2 (visto para empreendedores e profissionais autônomos) é um visto destinado às pessoas que queiram empreender e investir em Portugal, e também aos profissionais autônomos.

Ele dá ao seu titular o período de 4 meses para entrar no país. Depois disso, é preciso solicitar a Autorização de Residência, que será concedida pelo período de 1 ano.

A autorização pode ainda ser renovada por períodos de 3 anos, desde que você comprove que continua a desenvolver as suas atividades profissionais.

Quem pode solicitar o visto D2 Portugal?

Esse visto pode ser pedido, como dissemos, por empreendedores que comprovem capacidade financeira para o investimento pretendido ou por profissionais que trabalham de forma autônoma (independente).

Empreendedores

Para quem pretende empreender, é preciso avaliar as possibilidades de investimento no mercado português, já que um dos requisitos para obter o visto é comprovar que a empresa tem relevância econômica e social para o país. Ou seja, não basta simplesmente estar disposto a abrir uma empresa.

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Abrir uma loja pode ser elegível para o visto D2 Portugal
Abrir empresa em Portugal de relevância econômica e social o torna elegível para o visto D2.

Também é preciso comprovar que possui capacidade financeira para fazer o investimento necessário e para manter o negócio. Para comprovar estes requisitos, é importante elaborar um plano de negócios, que mostre a viabilidade do empreendimento. Isso pode facilitar bastante a concessão do visto.

Requisitos para os empreendedores

Os requerentes do visto D2 Portugal que pretendem empreender no país devem cumprir estas exigências:

  • Fazer o investimento no seu empreendimento em Portugal (é preciso comprovar a realização do investimento, apresentar súmula do plano de negócio, o registro da constituição da sociedade, declaração de início de atividade no país e um extrato bancário com saldo depositado em uma conta bancária portuguesa);
  • Demonstrar a relevância econômica e social do empreendimento para o país;
  • Comprovar que dispõe de meios financeiros em Portugal (devem ser incluídos financiamentos obtidos em um banco português, se for o caso).

É importante esclarecer que, segundo a VFS Global (empresa responsável por receber os pedidos de visto), o fato de ter feito um investimento ou ter aberto uma empresa, não garante que o visto D2 Portugal será concedido.

Trabalhadores autônomos

Os trabalhadores autônomos também podem solicitar o visto para exercer a sua atividade profissional em Portugal.

Encaixam-se nessa categoria os profissionais que atuam de forma independente, exercendo a sua atividade para clientes que sejam pessoas físicas ou jurídicas. Advogados, designers, profissionais de TI e outros profissionais autônomos se encaixam nessa categoria.

Requisitos para os trabalhadores autônomos

Para estes profissionais as exigências são:

  • Possuir um contrato de prestação de serviços (ou uma proposta formal de contrato de prestação de serviços autônomos) ou um contrato de sociedade;
  • Apresentar uma declaração emitida pela entidade competente em Portugal de que está habilitado a exercer a profissão no país, como os órgãos que regulamentam determinadas profissões (se for aplicável ao caso).

E os nômades digitais?

Até setembro de 2022, os nômades digitais eram aconselhados a solicitar o Visto D2 para trabalhar em Portugal, pois era a categoria mais adequada dentre as opções disponíveis.

Entretanto, com as alterações na Lei de Estrangeiros aprovadas em agosto de 2022, o visto para freelances e nômades digitais foi criado para suprir essa demanda. Assim como os outros vistos, esse também deve ser solicitado através da VFS Global ainda no Brasil.

Há muitos brasileiros nômades que já conseguiram esse tipo de visto e estão vivendo em Portugal, como o caso do Lucas Bigodinho.

Documentos necessários para tirar o visto D2

O pedido do visto D2 Portugal deve ser instruído com dois tipos de documentos, os básicos e os específicos para a sua situação. Veja quais são:

Documentos básicos

  • Formulário de pedido de visto preenchido e assinado;
  • 2 fotos 3×4 iguais e recentes;
  • Passaporte Válido por mais de três meses depois da data prevista para o regresso ao país de origem;
  • Cópia do passaporte (das páginas de identificação e páginas com carimbo);
  • Seguro viagem válido (pode ser substituído pelo PB4)*;
  • Certidão de Antecedentes Criminais emitida pela Polícia Federal nos últimos 30 dias (com Apostila de Haia);
  • Requerimento para consulta do registro criminal português;
  • Comprovante de alojamento em Portugal;
  • Comprovante de que dispõe de meios financeiros para se manter em Portugal*.

*Cidadãos CPLP, como os brasileiros, podem dispensar a apresentação do seguro e dos meios financeiros, desde que, apresentem um termo de responsabilidade com assinatura reconhecida subscrita:

  • Pela entidadede acolhimento de estagiários ou trabalhadores, bem como pela organização responsável por programas de intercâmbio de estudantes ou de voluntariado;
  • Por cidadão português ou cidadão estrangeiro habilitado, com documento de residência em Portugal, que garanta a alimentação e alojamento ao requerente do visto, bem como a reposição dos custos de afastamento, em caso de permanência irregular.

Documentos específicos para quem vai empreender em Portugal

O requerente que vai empreender em Portugal, deve encaminhar:

  • Comprovante de que fez uma operação de investimento em Portugal, súmula do plano de negócios, certidão permanente, declaração de início de atividade, registro de constituição da sociedade e extrato bancário com saldo depositado na conta da empresa em Portugal ou;
  • Comprovante de que tem meios financeiros disponíveis em Portugal (inclusive obtidos por financiamento no país) ou comprovativos da intenção de fazer uma operação de investimento em Portugal.

Já quem pretende trabalhar de forma independente no país, deve enviar:

  • Contrato de sociedade ou uma proposta escrita de um contrato de prestação de serviços para profissões liberais;
  • Declaração emitida por entidade competente de que está habilitado a exercer a atividade em Portugal (se for aplicável ao caso).

Como montar um plano de negócio para o visto D2 Portugal?

Montar um plano de negócio para o visto D2 Portugal é um dos passos que deve ser seguido. Quanto mais elaborado, melhor a chance de ter o visto aprovado.

O ponto de partida para elaboração do plano é uma pesquisa de mercado para saber se o seu negócio ou produto vai de encontro com as necessidades do povo português – lembre-se que é preciso que a empresa seja de relevância econômica e social para o país.

Feito a pesquisa, é hora de elaborar o plano de negócios. De maneira geral, a estrutura de um bom plano conta com:

  • Sumário executivo;
  • Histórico da empresa e/ou dos empreendedores (o vídeo acima ressalta a importância desse histórico como fator de relevância);
  • Pesquisa de mercado;
  • Posicionamento no mercado do seu empreendimento;
  • Objetivo do empreendimento;
  • Estratégia comercial;
  • Estratégia de comunicação;
  • Estratégia de gestão e controle do negócio;
  • Investimento necessário (tudo bem detalhado em planilhas);
  • Projeções financeiras.

    Não é fácil montar um plano de negócios, por isso, é bom contar com a ajuda de profissionais especializados na área. O IAPMEI, disponibiliza alguns materiais de apoio para empreendedores, que podem ajudar na montagem do mesmo.

Visto D2 Portugal: valor mínimo do capital

Como explicado no início do artigo sobre as diferenças dos vistos voltados para empreendedores, o visto D2 Portugal não requer um capital mínimo inicial para solicitá-lo.

Mulher analisa gráficos e paga contas pelo celular.
O capital para o visto D2 Portugal deve estar em conformidade com o seu negócio.

Contudo, se você está disposto a abrir uma empresa em Portugal e seguiu os passos para criar um plano de negócios bem estruturado, tem plena consciência da quantia que precisa para o seu empreendimento. Sento assim, é bom ter, no mínimo, o valor de capital descrito no plano e dentro da realidade do seu negócio.

Como conseguir o visto D2 Portugal?

Os pedidos de visto devem ser feitos ainda no Brasil, através da empresa VFS Global.

É preciso reunir toda a documentação exigida e encaminhar para o escritório da empresa que atende a sua área de residência.

Há atendimento nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais e Bahia.

Se você deseja ter o acompanhamento de um advogado para solicitar o seu visto para Portugal, nós recomendamos a Assessoria de Dr. Diego. São profissionais experientes e da nossa confiança que vão garantir mais agilidade e segurança na sua solicitação. Entre em contato.

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Como fazer o agendamento do visto?

Segundo informa a VFS Global, o primeiro passo reunir toda a documentação.

Com a documentação em mãos, você pode submetê-la por correio para a unidade da sua jurisdição ou solicitar o agendamento online para comparecer ao local no dia e dada marcados.

Pague as taxas

Também é preciso pagar as taxas referentes ao pedido (os valores serão informados a seguir) e encaminhar o comprovante de pagamento juntamente com os documentos.

Depois que a VFS Global receber a documentação, o seu pedido será inserido no sistema e os documentos serão analisados. Caso tudo esteja correto e o pedido seja aprovado, você receberá o visto, válido pelo período de 4 meses. É este o tempo que você tem para chegar em Portugal.


Quanto custa o visto D2 para Portugal?

O custo do visto D2 Portugal (em 20 de setembro de 2023) é R$ 637,15.

Tipo de taxaValor
Taxa consularR$ 486,69
Taxa de transferênciaR$ 15,27
Taxa de processamentoR$ 135,19
Custo totalR$ 653,34

No momento em que for fazer o pedido, o valor pode ser diferente, já que os custos são calculados mensalmente baseados na cotação do euro. Não deixe de consultar o valor atualizado no site da VSF na aba de Taxas Consulares.

Importante: não esqueça de enviar o comprovante do pagamento para a VFS Global juntamente com os documentos do pedido de visto.

As formas de pagamento e de comprovação aceitas são:

  • Depósito em conta bancária (comprovante original deve ser enviado);
  • PIX (comprovante impresso deve ser enviado);
  • Cartão de débito Visa, Mastercard ou Elo no dia da entrevista. Esse tipo de pagamento não está disponível para quem envia a documentação por correio.

Os dados bancários e chave do PIX, também devem ser consultados na aba de Taxas Consulares no site da VFS. A empresa ressalta que o depósito em conta bancária pode agilizar o processo. Portanto, melhor optar por ele.


Quanto tempo demora para o visto D2 ser aprovado?

Segundo as informações da VFS Global sobre os prazos de processamento, depois que os documentos são recebidos e verificados, o pedido é incluído no sistema de vistos. A partir desse momento, o tempo médio de resposta é de aproximadamente 60 dias úteis.

Para evitar ter de esperar por um tempo ainda maior, prepare a documentação com atenção aos detalhes e tenha especial cuidado na forma de envio, que é explicada em detalhes no site da VFS.

Caso algum documento esteja em falta, por exemplo, você precisará encaminhá-lo para a empresa e a análise do pedido pode demorar mais tempo para ser concluída.

O visto D2 pode ser negado?

Sim, o visto D2 Portugal pode ser negado.

O descumprimento dos requisitos ou a falta da entrega de documentos são motivos que podem ocasionar a não aprovação do visto. A falta de legalização dos documentos emitidos no Brasil, com a Apostila de Haia, também pode atrasar a emissão do visto ou mesmo fazer com que seja negado.

Como evitar que o visto D2 Portugal seja negado?

Para evitar que o visto D2 Portugal seja negado, você precisa reunir todos os documentos necessários e estar elegível para esse tipo de visto. Para evitar qualquer erro ou esquecimento de um documento importante, contar com a ajudar de uma assessoria pode ser interessante, principalmente para esse tipo de visto, que é mais burocrático do que outros.

Se deseja uma recomendação, indicamos a assessoria da Advogado Diego, um  advogado especializado na área e que pode te ajudar em todos os passos necessários, incluindo a análise do seu perfil e/ou do seu empreendimento para ver se você é mesmo uma pessoa elegível para solicitar o visto D2. Com a ajuda de profissionais acompanhando todo o processo, fica mais fácil ter o visto aprovado com sucesso!

Qual a validade do visto D2?

O visto D2 Portugal é válido por 4 meses após a emissão, como dito acima. Nesse tempo você deve embarcar para o país para poder entrar legalmente.

Pedido de Autorização de Residência

Depois da chegada, deve fazer um agendamento no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (que logo será AIMA – órgão que vai substituir o SEF a partir de 29 de outubro de 2023) para solicitar a sua Autorização de Residência, o documento que comprova que você tem autorização para morar em Portugal legalmente.

Na data da entrevista presencial no SEF, os documentos que devem ser apresentados são praticamente os mesmos usados no pedido do visto D2. A data de comparecimento no órgão é definida e informada juntamente com a aprovação do visto.

Diferenças do visto D2 para os outros vistos de empreendedores e investidores

O visto D2 é voltado para quem deseja abrir uma empresa em Portugal, independente da natureza, do capital e da quantidade de postos de trabalho que serão criados — a empresa precisa ter relevância para o país.

Um trabalhador autônomo, por exemplo, pode constituir uma empresa abrindo uma atividade para emitir Recibos Verdes (notas fiscais) e prestar serviços para outras pessoas e empresas — uma espécie de microeempreendedor individual (MEI), tal como conhecemos no Brasil. Assim como uma família pode empreender abrindo um estabelecimento comercial, como café, um restaurante, um hotel, por exemplo.

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Já os outros vistos de empreendedores e investidores, como o Golden Visa ou o StartUP Visa, apresentam requisitos mais específicos e um capital muito maior. Confira:

  • Golden Visa: é um visto mais voltado para investidores do mercado imobiliário, mas que também pode ser concebido aos empreendedores que criem, no mínimo, 10 postos de trabalho no país;
  • StartUP Visa: lançado pelo governo para acelerar o desenvolvimento tecnológico de Portugal. Portanto, é um visto voltado para empreendedores que desejam se candidatar para abrir empresas inovadoras, desde que a candidatura seja aprovada pela Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI).

O que os vistos para empreendedores têm em comum, é a elaboração de um plano de negócio bem estruturado. Aliás, isso não só é um ponto em comum, como também é algo fundamental para qualquer pessoa que deseja empreender, seja em Portugal ou em qualquer lugar do mundo.


Diferenças entre o visto D2 e o visto D7

Os dois vistos são indicados para diferentes situações. Enquanto o D2 é destinado aos empreendedores e aos profissionais autônomos, o visto D7 é dedicado às pessoas que sejam titulares de rendimentos.

É o caso de aposentados e pensionistas e pessoas que recebem rendimentos de investimentos de vários tipos, como aluguel de imóveis, dividendos de empresas ou outras aplicações financeiras.

Portanto, de forma simples, o visto D2 se aplica a alguns casos em que o requerente vai trabalhar ou investir no país, já o visto D7 se aplica a pessoas que recebam rendas passivas (não originadas de trabalho).

Em alguns casos (que são exceções, é importante deixar claro) o visto D7 já foi concedido para nômades digitais. Mas como reforçamos, não é a regra e não é o mais adequado, afinal, Portugal lançou em 2022, um visto próprio para atender esse público — explicamos melhor mais abaixo.

Em caso de dúvidas, o recomendado é ver mais detalhes sobre os vistos D2 ou D7 para saber qual é a opção mais indicada.

Solicitar reagrupamento familiar com o visto D2

Quem recebe Autorização de Residência para viver em Portugal a partir do visto D2 tem direito a reagrupar os seus familiares, que também poderão viver e trabalhar legalmente no país.

Para isso, é preciso fazer uma marcação no SEF (no dia 29 de outubro de 2023  no AIMA) e levar a documentação exigida no dia marcado para a entrevista.

Quem pode pedir o reagrupamento familiar

O órgão responsável considera que são familiares e têm direito ao pedido de reagrupamento familiar em Portugal, as seguintes pessoas:

  • Cônjuge ou companheiro;
  • Filhos menores (do casal ou de um dos cônjuges/companheiros);
  • Filhos menores adotados (pelo requerente ou pelo cônjuge/companheiro);
  • Filhos incapazes (do casal ou de um dos cônjuges/companheiros);
  • Filhos maiores (do casal ou de um dos cônjuges/companheiros), desde que sejam solteiros e estejam estudando em Portugal;
  • Pais do residente ou do seu cônjuge/companheiro (se estiverem sob a sua responsabilidade);
  • Irmãos menores (caso estejam sob a responsabilidade do residente).

Documentos necessários

Para fazer o pedido de reagrupamento no SEF é preciso apresentar:

  • Um documento que comprove ter direito ao reagrupamento (pode ser Autorização de Residência, Cartão Azul da União Europeia ou o Estatuto de Residente de Longa Duração);
  • Documentos que provem a existência do vínculo familiar (explico mais sobre eles logo a seguir);
  • Cópias autenticadas dos documentos de identificação dos familiares;
  • Comprovante de que dispõe de alojamento em Portugal (contrato de aluguel de apartamento, por exemplo);
  • Comprovativos financeiros que mostrem valores suficientes para o sustento da família;
  • Certidão de Antecedentes Criminais recente, emitida pela Polícia Federal (com Apostila de Haia).

Documentos para comprovar os vínculos familiares

Conforme o tipo de vínculo familiar, é preciso apresentar documentos específicos. Veja nesta lista qual deles é exigido para o seu caso:

  • Certidão de casamento ou documentos que provem que o casal vive em União Estável;
  • Documentos que comprovem a incapacidade de filho;
  • Cópia da certidão de nascimento completa, junto com comprovante de dependência econômica e documento de matrícula em instituição de ensino em Portugal (no caso de filhos maiores e solteiros);
  • Certidão de adoção de filho (com a certidão da decisão judicial que a reconheceu);
  • Comprovante da dependência econômica dos pais (se tiverem menos de 65 anos);
  • Certidão da decisão judicial que determinou a tutela de irmãos menores, acompanhada da certidão da decisão da judicial;
  • Autorização do pai ou da mãe não residente (por escrito) ou cópia da decisão que deu confiança legal do filho menor ou tutela do incapaz ao residente ou ao seu cônjuge/companheiro.

Lembre-se de que os documentos emitidos no Brasil devem ter Apostila de Haia para que sejam aceitos e válidos em Portugal.

É possível solicitar residência com dispensa de visto D2?

A regra para obtenção de uma Autorização de Residência em Portugal é a solicitação prévia do visto ainda no Brasil, como explicado antes.


O que é permitido, como exceção, é que pessoas que tenham entrado e permanecido legalmente no país (como turistas, por exemplo) e possuam uma relação de trabalho e inscrição na Segurança Social, façam um pedido de legalização — chamado Manifestação de Interesse.

Entretanto, é importante esclarecer que, além de ser necessário cumprir estes requisitos, a análise do pedido costuma ser bem demorada e não existem garantias de que o pedido será aceito.

Desenhar o plano de negócios é fundamental para abrir uma empresa.
Além do visto D2, ao desembarcar no país, você ainda tem uma série de registros a serem providenciados.

Dessa forma, recomendamos que você faça o procedimento mais indicado e solicite o visto D2 no Brasil para, depois, pedir a Autorização de Residência quando chegar a Portugal. Esta é a forma mais correta e segura de obter residência legal no país.

Manifestação de Interesse para autônomos e empreendedores

Para trabalhadores autônomos e imigrantes empreendedores que desejarem se legalizar através desse pedido, a solicitação de Autorização de Residência através da Manifestação de Interesse deve ser feita pelo artigo 89º da Lei nº 23/2007.

O que fazer ao chegar em Portugal?

Caso não faça a imigração em Portugal, mas sim em outro país europeu, assim que chegar em Portugal você deve entrar em contato com o SEF (em breve AIMA) para fazer a comunicação da sua chegada. Não esqueça de que o prazo para fazer essa comunicação é de até 3 dias — a contar da data da entrada no país.

modelo da declaração é disponibilizado pelo próprio órgão e pode ser entregue em qualquer balcão de atendimento do SEF.

A falta de comunicação no prazo previsto na Lei de Estrangeiros (Lei nº 23/2007 – artigo 14º) pode gerar o pagamento de uma multa que varia entre 60€ e 160€.

1. Agendar atendimento para pedir a Autorização de Residência

O agendamento no SEF (logo AIMA) é feito juntamente com a emissão do visto. Ou seja, quando o visto D2 Portugal for aprovado, a VFS Global deve também, apresentar a data e horário marcados para o comparecimento no órgão competende para o pedido de Autorização de Residência.

Caso vá fazer o pedido de reagrupamento para seus familiares, deve entrar em contato por telefone com o SEF e solicitar o agendamento. Aproveite para perguntar se há possibilidade para fazer esse atendimento no mesmo dia do seu agendamento. Muitas vezes isso é possível e facilita bastante na hora de fazer a entrevista e entrega dos documentos.

2. Fazer os primeiros documentos portugueses

Depois de cumprir esses passos iniciais no SEF, recomendamos que você comece a providenciar os primeiros documentos portugueses, que serão necessários em várias ocasiões. Os principais são:

NIF (Número de Identificação Fiscal)

Também é chamado de número de contribuinte (equivale ao CPF do Brasil) e deve ser pedido em um balcão de atendimento das Finanças (Autoridade Tributária e Aduaneira).

NIF é essencial para contratar serviços, alugar ou comprar um imóvel, emitir recibos verdes e abrir conta em banco.

Número de utente

É o número que identifica você como um usuário do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e permite que tenha acesso a atendimento médico nos Centros de Saúde e nos hospitais portugueses, além de ter um médico de família (sempre que houver disponibilidade de pessoal).

Para fazer a inscrição, vá até um Centro de Saúde localizado na sua zona de residência levando o cartão de autorização de residência e o comprovante de endereço em Portugal. No caso de ainda não ter esse cartão em mãos, sempre que precisar de uma consulta no sistema de saúde pública em Portugal, deve apresentar o PB4, que vai funcionar como um cadastro temporário.

NISS (Número de Identificação na Segurança Social)

É o cadastro na Segurança Social, fundamental para quem vai exercer atividade profissional no país. A Segurança Social funciona de modo semelhante ao INSS. Se você trabalhar no país, deve pagar contribuições mensais.

Com isso, você fica protegido e pode ter direito a subsídio de desemprego, apoio em caso de doença e aposentadoria. Você pode fazer o pedido em um balcão de atendimento e nas Lojas do Cidadão mediante marcação prévia pelos telefones 210 548 888 ou 300 088 888.

Para fazer a solicitação, é necessário preencher o formulário de atribuição de NISS a cidadão estrangeiro, disponível no site da Segurança Social.

Estatuto da Igualdade de Direitos e Deveres

Depois que já tiver a Autorização de Residência, você também pode solicitar o Estatuto da Igualdade de Direitos e Deveres. É comum dizer que pode ser solicitado após 6 meses de residência no país, mas segundo a informação do site ePortugal, o Estatuto pode ser pedido a qualquer momento, desde que os requisitos exigidos sejam cumpridos.

O prazo para recebimento do Estatuto pode variar dependendo da demanda, mas fica entre 6 e 8 meses, em média.

É um acordo (Tratado de Amizade) assinado entre Brasil e Portugal que garante os mesmos direitos e obrigações de um cidadão nacional. Com ele, você também terá direito a solicitar o Cartão de Cidadão, que equivale a um bilhete de identidade em Portugal.

Vantagens de tirar o visto D2 Portugal

As principais vantagens de tirar o visto D2 Portugal é de poder viver e trabalhar legalmente no país, seja de forma autônoma ou na sua própria empresa. E estando em solo português, você ainda pode usufruir de alguns benefícios, tais como:

  • Ter acesso a um ensino de qualidade, se desejar estudar em Portugal ou, tenha filhos em idade escolar ou acadêmica;
  • Ter acesso ao sistema público de saúde;
  • Viajar com facilidade para vários países europeus e conhecer novas culturas;
  • Desfrutar da qualidade de vida que o país luso oferece.

Perguntas frequentes

Ainda reunimos algumas perguntas frequentes sobre o visto D2 que são bem comuns entre os nossos leitores e chegam através do nosso email. Confira!

Como acompanhar pedido de visto para Portugal?

Após submeter o pedido de visto, você receberá um número de identificação do seu processo e deve fazer o acompanhamento no sistema da na VFS Global.

Com qual antecedência devo solicitar o visto D2 para empreender em Portugal?

Como explicado anteriormente, o visto pode demorar até 60 dias úteis para aprovação. Portanto, é ideal solicitá-lo com essa antecedência mínima para começar o seu empreendimento no país.

Lembrando que após a partir da data de aprovação do visto, você terá mais 4 meses para se mudar definitivamente para o país.

Por que solicitar o visto D2 Portugal?

Pelo motivo de viver e trabalhar legalmente no país como trabalhador autônomo ou na empresa que vai abrir em terras lusitanas.

Vale a pena contratar assessoria para o visto D2?

Com certeza!

O visto D2 é cheio de detalhes e bastante burocrático com relação aos requisitos e documentação. Portanto, uma assessoria pode ser de grande ajuda para analisar se você é elegível para solicitá-lo, bem como ajudar no processo de desenvolvimento do plano de negócio e acompanhamento de todo o processo.

Vale a pena solicitar o visto D2 para Portugal?

Se você está planejando abrir um negócio próprio em Portugal ou pretende exercer uma atividade como profissional autônomo, o visto D2 é uma excelente opção para você, já que vai permitir que more e trabalhe legalmente no país. Além disso, você terá o direito de trazer os seus familiares para viverem com você.

Então, se este é o seu caso, invista um tempo estudando sobre o assunto e verifique a viabilidade do que pretende fazer. Organize a documentação com calma e encaminhe o seu pedido do visto D2.  GRUPO NO FACEBOOK

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